Este livro, que é um livro sobre o amor e o desejo, é também o palco onde vemos desenrolar-se uma artesania do desengano. Mas de que desengano se trata? O movimento que nos é proposto para entendermos em que consiste a artesania do desengano é muito interessante. Ele leva-nos a abandonar os habituais registos dualistas do correcto e do incorrecto, da verdade e da mentira, do real e do ilusório — que são pares filosóficos fundadores de toda uma maneira de sentir e de pensar — e apresenta-nos o desengano como despojamento de adquiridos e como criação de uma disposição de conquista, de abertura, de alargamento de possibilidades — exposição à liberdade, em suma.
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