Rejeitar os absolutismos, proceder a uma tematização retorico-interrogativa da filosofia e retoricizar a ciência — eis três eixos fundamentais em torno dos quais Rui Alexandre Grácio se propõe levar a cabo um programa de revalorização do múltiplo e do controverso. Ele é, na perspectiva do autor, importante para que, mais do que viver em pluralismo, isto é, numa sociedade que apregoa os valores do direito à diferença e do respeito pela diversidade e pela alteridade, se possa viver o pluralismo, ou seja, em correspondência disinibia com a apetência pela criação de novas possibilidades de viver a que se liga o esforço inconformista e resistente de pluralizar. Esforço, pois, de encantamento de um pluralismo vivo que implica tanto a capacidade de lidar com a dimensão conflitual e agonística que atravessa a vida dos homens, como o fortalecimento da acuidade crítica e estratégica das racionalidades em que se articulam o nosso pensar, sentir e agir.
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