A investigação e o ensino da Cultura tornaram-se, na última década, realidades cada vez mais presentes nos contextos universitários, o que se fica a dever, em primeiro lugar, à valorização social crescente que tem sido concedida a esta área, quer nos mais latos e clássicos domínios da formação humanística e artística, quer enquanto fator de conhecimento e compreensão das novas dinâmicas sociais e culturais da contemporaneidade. Acresce ainda, a esta valorização académica e social, a tomada de consciência generalizada do potencial económico que detém, tendo mesmo nascido recentemente uma área científica autodesignada por Economia da Cultura. Partindo deste reconhecimento, o presente trabalho procura fazer o levantamento dos principais desafios teóricos, práticos, metodológicos e académicos desta área do saber, assumindo como ponto de partida para a reflexão a tradição anglo-saxónica dos Estudos Culturais, questionando as suas limitações e dificuldades epistémicas, mas também assumindo as virtualidades que lhe são próprias e que se encontram ainda longe de estarem exauridas.
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