Sabe-se que vozes femininas foram silenciadas desde a noite dos tempos. Essa coragem para se auto narrar foi aparecendo aos poucos e já tinha sido utilizada em pesquisas que vinham de outras áreas que a nossa (análise do discurso): assim, há estudos sobre mulheres e sobre o que disseram ou escreveram na literatura, na história, na sociologia etc. A narrativa de vida – em geral – demorou um pouco a ser considerada com uma materialidade que podia e deveria ser levada em conta nos estudos discursivos.